Em jogo emocionante com sete gols, Itália derrota o Japão e se classifica

quarta-feira, 19 de junho de 2013



A Itália exibiu todos os seus dotes de vice-campeão europeu e superou os japoneses campeões asiáticos. Uma partida com sete gols é sinal de bom jogo, emoção, lances de área, bom futebol. Vai agora disputar o título do Grupo A com o Brasil, sábado, em Salvador. O perdedor enfrentará possivelmente a Espanha na semifinal, dia 26, no Mineirão. Decidir com os espanhóis na segunda década do século 21 é quase suicídio.

No mundo inteiro é igual: quando duas seleções jogam para a plateia de outro país em torneios oficiais da Fifa, os torcedores ficam ao lado dos mais fracos. Só uma ruidosa ola silenciou as vaias dos espectadores de Recife quando Buffon tocou na bola pela primeira vez. O fã na Arena Pernambuco mostrou seu lado. Era 80% japonês.

O veterano goleiro entrou em ação outra vez ao defender um bom chute de Kagawa. A torcida vibrou. Os dois times começaram iguais, cautelosos, reforçados no meio-campo, com atacantes solitários, Balotelli e Maeda. Futebol defensivo é uma especialidade italiana. As duas seleções são treinadas por Cesare Prandelli e Alberto Zaccheroni. Os gols no começo mudaram toda a estratégia de jogo que foi trazida dos vestiários.

O estádio levantou quase inteiro no pênalti que o árbitro argentino Diego Abal viu e marcou. Buffon atingiu o pé do adversário, nada de bola, aos 21 minutos. O canhoto Honda fez 1 a 0 da marca penal.

Num erro coletivo da defesa, Kagawa marcou o segundo, numa virada de pé esquerdo, só para mostrar a qualidade de um meia do Manchester United. A torcida entusiasmada gritava “ooooléééé”. Os japoneses imitavam os espanhóis, bola de pé em pé

De Rossi levou um amarelo por uma falta dura e não enfrenta o Brasil. O Japão mandava no jogo. Buffon brilhou duas vezes. Mas, num escanteio, o volante De Rossi entrou voando na grande área e marcou de cabeça, 2 a 1, numa desatenção da defesa adversária.

A Itália voltou melhor do intervalo. Disposta ao ataque. Pressionou. Em seis minutos, marcou duas vezes, Uchida, contra, e Balotelli, num pênalti duvidoso.

Nas cadeiras, as torcidas do Náutico, Sport e Santa Cruz provocavam-se. Gritavam o nome dos seus times, agitavam bandeiras. Uma vaiava a outra. Os japoneses e os italianos não entendiam nada. Vaias para quem? A rivalidade acabou com empate, gol de Okazaki, que antecipou-se a defesa italiana. Parecia gol do Náutico, futuro dono da Arena Pernambuco, quase todo o público de pé.


O Japão fez três gols na Itália, algo quase sobrenatural. Acertou o poste e a trave quase no final. Sofreu um gol no final de Giovinco. Resultado injustos para os japoneses, que tiveram um gol anulado depois. O encontro com o México não valerá mais nada. A Copa das Confederações acabou para os japoneses.