William Hope foi um dos primeiros fotógrafos no mundo a se especializar em tirar retratos com aparições de espíritos. O ex-joalheiro foi um dos pioneiros do ramo no início do século XX e ainda conseguiu ser reconhecido pela sua maestria em conseguir captar os seres de ectoplasma em câmeras convencionais — que só tirariam fotos convencionais.
O que o senhor Hope fazia era fotografar pessoas encarnadas (vivinhas da Silva) e, na imagem resultante, mostrava os modelos ao lado de espíritos, fantasmas e qualquer outra denominação para as aparições. Várias das entidades que apareciam nas fotos eram identificadas como sendo parentes falecidos das pessoas retratadas, o que acabou dando ao fotógrafo uma larga fama em um curto período de tempo.
Com isso, um grupo formado por seis pessoas se propôs a “produzir” mais fotografias nas quais houvesse imagens de pessoas que não estivessem fisicamente presentes no momento do retrato. Os fotógrafos espirituais ficaram conhecidos como “Crewe Circle”, e William Hope, logicamente, era tido como o líder da reunião. O trabalho dos integrantes do círculo deu tanto resultado que os primeiros negativos das obras produzidas foram todos destruídos, para evitar que alguma dessas pessoas (ou pior, todas elas) fosse acusada de algum tipo de “bruxaria” pelas autoridades clericais.
Vale mencionar que o trabalho de William Hope sempre foi extremamente questionado por muitos investigadores, que nunca conseguiram chegar a um veredito. Assim, as famosas fotos em que humanos de carne e osso se misturavam com entidades espirituais acabavam se tornando objeto de descrença de muitos, ao mesmo tempo em que eram adoradas por outros.
Confira algumas fotos: