Foi quando Giovani Aldini, neto do professor Galvani, saiu em turnê pela Europa apresentando um dos espetáculos mais esquisitos a que o mundo já assistiu. O ápice de suas apresentações aconteceu em 1803, quando ele aplicou os polos de uma bateria de 120 volts ao corpo de um assassino que havia sido executado.
Quando Aldini encostou os fios elétricos na boca e em uma das orelhas do cadáver, os músculos da mandíbula do morto se estremeceram e era como se o ex-assassino estivesse enfrentando uma grande dor. O olho esquerdo chegou a se abrir, como se estivesse encarando o seu torturador. Para terminar com chave de ouro, Aldini posicionou os fios na orelha e no reto do homem morto, fazendo com que o cadáver todo se sacudisse, como se estivesse voltando à vida.
Acredita-se que foi uma dessas experiências que influenciou Mary Shelley a escrever “Frankenstein”, romance de 1816 que se tornou um dos livros mais famosos do mundo.