Jack, o Estripador.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Em 1888, o East End de Londres (em inglês) era um local assombroso. Casas de ópio e bordéis dividiam o espaço apertado dos quarteirões com residências. Moradores bêbados saíam dos bares direto para as ruas onde crianças brincavam. A violência era comum e os pedidos de ajuda normalmente não eram atendidos [fonte: Haggard (em inglês)].
As condições de vida no East End refletiam a pobreza de seus habitantes. Havia pouco acesso à água tratada e doenças como a tuberculose e a difteria se espalhavam facilmente. Algumas mulheres se envolviam em prostituição para complementar a renda de suas famílias. Era um lugar desolador, deprimente e, muitas vezes, ameaçador para se viver.
Isso tudo só torna mais significante que no outono daquele ano tenha sido cometida uma série de assassinatos tão brutais que se destacaram nitidamente mesmo naquele cenário sombrio, a ponto de chamarem a atenção do mundo inteiro. No distrito de Whitechapel, no East End, várias prostitutas foram assassinadas. As cenas dos crimes constituíam um palco assustador; os cadáveres brutalizados mostravam alto grau de perversão. O assassino era um colecionador que pegava órgãos das vítimas como troféus. A assinatura de uma carta recebida durante a onda de assassinatos deu um nome a esse monstro: Jack, o Estripador.
A cidade (em inglês) foi invadida pela desconfiança e pelo medo. Embora dezenas de suspeitos tenham sido pegos, a polícia não foi capaz de capturar o assassino. Comitês de justiceiros foram formados e as multidões tomaram como hábito caçar pessoas pelas ruas. E então, subitamente, os assassinatos pararam. Apesar de mais três anos de investigação, a polícia nunca descobriu a verdadeira identidade de Jack, o Estripador. O caso não resolvido foi oficialmente encerrado em 1892, mas o interesse pelos assassinatos nunca diminuiu. Uma forte cultura de criminólogos amadores, conhecidos como estripadorólogos, foi cultivada pelo persistente mistério de Jack, o Estripador.